Os últimos 20 reféns israelenses vivos que ainda estavam sob poder do grupo terrorista Hamas foram libertados após mais de dois anos de cativeiro, nesta segunda-feira (13). A operação histórica faz parte da primeira fase do acordo de cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hamas, e é um passo importante rumo ao fim do conflito na Faixa de Gaza.
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Divulgação/IDF |
"Um dia histórico, o fim de uma era de mortes e terror", afirmou o presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, durante um discurso no Parlamento israelense nesta segunda. Ele apresentou a proposta do acordo de cessar-fogo, assinado na semana passada.
"Os Estados Unidos se unem a vocês nesses dois votos eternos — nunca esquecer e nunca mais repetir. Contra todas as probabilidades, fizemos o impossível e trouxemos nossos reféns de volta para casa", completou o norte-americano.
Havia 48 reféns sob poder do Hamas em Gaza. Desses, 20 foram libertados com vida. Entre eles, militares israelenses e participantes do festival que foi alvo do ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro de 2023.
Unidade de Porta-vozes das FDI/Reprodução |
Segundo Israel, os demais 28 reféns estão mortos.
O Hamas confirmou que vai devolver os corpos de quatro dos 28 reféns mortos ainda nesta segunda. Ainda não está claro, no entanto, se os corpos das outras vítimas serão devolvidos. O comunicado divulgado pelo grupo não menciona o paradeiro dos demais restos mortais nem quando serão liberados.
O Ministro da Defesa de Israel afirmou que a entrega de quatro corpos é "falha no cumprimento dos compromissos".
Os reféns foram recebidos por familiares em território israelense com emoção e abraços. Grupos que faziam vigília pelos reféns em Tel Aviv também celebraram a libertação.
Em contrapartida, o governo israelense começou a libertar cerca de 2 mil prisioneiros palestinos, incluindo 250 que haviam sido condenados à prisão perpétua por crimes cometidos contra Israel e sua população.
No total, o Hamas sequestrou 251 pessoas no ataque terrorista de 2023. Outros reféns foram libertados ao longo de outros acordos de cessar-fogo.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que o Oriente Médio entra em "tempos de paz".
"Há tempos de paz e tempos de guerra. Os dois últimos anos foram tempos de guerra, mas agora entramos em tempos de paz. Dentro e fora de Israel", declarou.
Uma cerimônia para oficializar a assinatura do acordo está sendo feita nesta segunda-feira, no Egito. Líderes mundiais se reuniram na cidade egípcia de Sharm El-Sheik para discutir os próximos passos do acordo de paz entre Israel e o Hamas.
A cúpula de paz em Gaza, como está sendo chamada a reunião, tem como objetivo conduzir uma segunda etapa de negociações do plano de Trump: selar o fim da guerra, criar elementos para paz duradoura no Oriente Médio e estabelecer um conselho que irá supervisionar Gaza neste primeiro momento do pós-guerra.
Além de Trump, mais de 20 líderes participam da cúpula de paz, como:
- o emir do Catar, Tamim bin Hamad Al Thani;
- o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan;
- o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas;
- o presidente do Egito, Abdul Fatah Al Sisi;
- o premiê do Reino Unido, Keir Starmer;
- o presidente da França, Emmanuel Macron.
Netanyahu havia confirmado nesta segunda-feira que iria ao encontro. Porém, minutos depois, seu gabinete disse que ele não irá mais, e deu como justificativa a proximidade com um feriado judaico.
O Hamas tinha até as 6h desta segunda-feira, pelo horário de Brasília, para concluir a libertação. O grupo pediu mais tempo para localizar todos os corpos dos reféns mortos.
Ainda não há prazo para que todos os corpos sejam devolvidos. A Turquia anunciou uma força-tarefa para ajudar o Hamas a encontrar os restos mortais das vítimas na Faixa de Gaza.
Fonte: G1
Unidade de Porta-vozes das IDF/Reprodução |
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